O conceito de racismo ambiental evidencia como comunidades marginalizadas são desproporcionalmente afetadas pela degradação ambiental e pelos impactos climáticos. De acordo com Bullard (1990), bairros periféricos e populações racializadas frequentemente vivem em áreas expostas à poluição, enchentes e falta de infraestrutura básica. Como isso se manifesta no Brasil e quais são as soluções possíveis?
Racismo Ambiental: Quando a desigualdade atinge o solo, o ar e a água
A degradação ambiental não atinge todas as pessoas da mesma maneira. Enquanto alguns vivem em áreas protegidas, longe dos impactos da poluição, outros estão cercados por aterros sanitários, indústrias poluentes e falta de saneamento básico. O racismo ambiental revela como grupos racializados e populações historicamente marginalizadas sofrem mais com os efeitos da degradação ambiental e das mudanças climáticas.
Segundo Robert Bullard (1990), comunidades negras e pobres são frequentemente localizadas em áreas de risco ambiental, expostas a enchentes, deslizamentos e contaminação. No Brasil, essa realidade é vista em regiões periféricas das grandes cidades, onde o acesso a espaços verdes e infraestrutura adequada é limitado.
A luta contra o racismo ambiental exige políticas públicas que garantam justiça socioambiental, incluindo planejamento urbano inclusivo, saneamento universal e proteção contra desastres ambientais. Essa questão não pode ser ignorada, pois afeta diretamente o direito à saúde, à moradia digna e à qualidade de vida.